Editorial: O desbloqueio do carapau

Editorial: O desbloqueio do carapau

Dois dias depois do sinal de alerta dado pela direcção provincial da Agricultura e Pescas de Benguela, o titular da pasta, António Francisco de Assis, anunciou, finalmente, ontem, Terça-feira, 18, a distribuição das mil e 200 toneladas de peixe carapau que se encontram num armazém, depois de apreendidas de um barco russo. A medida agora tomada é, certamente, a mais acertada.

Numa altura em que existem pessoas com fome até mesmo em Benguela, não se conseguia perceber a razão do atraso, suscitando reacções várias de segmentos da sociedade civil e até de partidos da oposição.

A demora fazia com que se fizessem outras interpretações sobre o real destino do produto, chamuscando, sem necessidade, um bom trabalho de apreensão e de salvaguarda da fauna marinha feita pelas nossas autoridades.

Agora, além das Acácias Rubras, achou-se por bem distribuir, imediatamente, o produto para outras províncias também. Entre os beneficiários, segundo informações tornadas públicas ontem, estão as forças de defesa e segurança, os lares de menores, de terceira idade, entre outras instituições de pessoas carentes.

A maioria dos beneficiários integram aquele grupo de pessoas vulneráveis que nos últimos dias têm procurado outras localidades em busca de comida.