Fundação Arte e Cultura ilustra conteúdos com legado de artistas plásticos sobre a sua arte

Fundação Arte e Cultura ilustra conteúdos com legado de artistas plásticos sobre a sua arte

A Fundação Arte prossegue nesta semana com o processo de gravações de depoimentos de artistas plásticos sobre a sua trajectória e trabalhos, com base no projecto literário em que estão volvidos, denominado “A face da arte angolana”, lançado em 2015.

O livro resume a biografia e os labores de 20 artista ilustrados numa exposição realizada pela galeria Tamar Golan, com o mesmo nome, composta por 40 obras. Entre eles está Francisco Van- Dúnem, Dom Sebas, Patrício Mawete, Adão Mussungo, Serafim Serlon, Imani da Silva, Gilberto Kapitango, que de forma individual vão contar sobre a sua participação no projecto, que posteriormente serão mostradas via online, através das plataformas digitais da fundação.

Os profissionais, entre outros assuntos, vão falar da evolução da sua carreira, das dificuldades, exposições preponderantes à sua desenvoltura no mercado e a percepção sobre a arte angolana, conforme foi projectado no trabalho literário.

O assessor da fundação, Camilo Lemos, em conversa com OPAÍS, explicou que, na semana passada, foram realizadas duas exibições com Mumpassi e Toi Boy e, que, agora, perante a situação relacionada à Covid-19, os artistas vão também falar de como a classe pode dar o seu contributo, nesta fase de pandemia.

“É um projecto que havia sido lançado, em que muitos artistas angolanos reuniram-se e com as suas obras constituiu-se o livro. É nesta senda que serão conduzidas as entrevistas, como o ponto de vista da realidade artística angolana, mas, também, um pouco daquilo que é a sua visão, relacionada com o contributo da arte nesta fase de pandemia”, explicou o assessor.

Outras histórias

Depois das exibições com artistas envolvidos no projecto, a instituição de cariz cultural e solidário pretende ainda trabalhar com outros sobre o assunto em causa. “Vamos ainda aproveitar as tecnologias para ver se evoluímos para um canal no Facebook, onde pretende transmitir em directo as entrevistas, via online. Principalmente no Facebook, a partir de ferramentas adequadas, que permitam a emissão em directo nesta página de rede social”, perspectivou.

Outras actividades

Devido ainda ao distanciamento social, em que as aulas presenciais foram interrompidas foi criada o projecto “Escola de arte”, que visa a produção de materiais didácticos, para serem distribuídos aos alunos do centro cultural, que actualmente encontram-se em casa, para capacitação das várias disciplinas ali ministradas.

São mais de 200 alunos que beneficiavam de aulas de reciclagem, alfabetização, literatura e ginástica, que serão contemplados com os manuais, para assim manterem o ritmo das aulas.

“Já que agora elas não podem vir ao centro nas formações, os professores estão a elaborar os manuais, que posteriormente serão impressos e distribuídos aos alunos.

Neste momento o trabalho editorial e a revisão estão a ser feitos e dentro de duas semanas teremos o material disponível”, avançou.

Quanto aos alunos, que beneficiam de lições de piano, guitarra e percussão, Camilo Lemos deu a conhecer que têm já beneficiado de aulas online, através de gravações com as instruções, disponibilizadas pelos professores. No que tange aos concertos musicais, desenvolvidos desde Março, realçou que prosseguem ao mesmo ritmo.

”Terminou mais uma semana de concertos. O nosso desafio no momento é de continuar nesta senda de actividades, para manter viva as nossas acções, o espaço e continuar a dar assistência em termos de formação e incentivo aqueles”, finalizou.