Fusão de ritmos marca concerto solidário de Gabriel Tchiema e Mito Gaspar

Fusão de ritmos marca concerto solidário de Gabriel Tchiema e Mito Gaspar

Gabriel Tchiema e Mito Gaspar deram um sim a iniciativa da TPA e ontem, 5, foram os protagonistas do concerto “Live no Kubico”, cujo objectivo é a angariação de cestas básicas para famílias e lares com necessidades. Depois da “explosão” do Semba na edição passada, a fusão de ritmos tradicionais esteve em evidência.

Tal como escreveu na sua conta de Facebook o jornalista Ernesto Gouveia, “João Lourenço rendeu-se ao gigantismo cultural de Mito Gaspar e Gabriel Tchiema. Já é um bom passo. Excelente aula de música tradicional”. Menção que surge a propósito das felicitações do Presidente da República à organização e ao duo protagonista.

Voltando ao concerto, as hostilidades foram abertas com a pronta intervenção da melodia de Gabriel Tchiema, cinco minutos depois da hora marcada, isto é, às 14:35, os espectadores e internautas começaram por ouvir o som proveniente do Leste no tema “Makumi” ao que se seguiu depois da saudação “Amor Divino”.

Do Leste para o Norte de Angola, Mito Gaspar sempre acompanhado da sua guitarra, tomou as rédeas e avançou com “Man Polé” e Adia Tu Vutuka. Na sequência, entre várias fusões, seguiram-se, entre outros,“Messo Nghe”, “Mulekeleke” e Kassexi.

Mito Gaspar proporcionou dois momentos ímpares ao fazer um duo com a filha, Djanira Mercedez, no tema “Mahezu” e um outro momento ímpar com a cantora Marília, de quem esperava ouvir uma nova versão no tema “Wadya wadyaku”, com o qual partilharam o palco.

Os dois artistas deram ainda a ouvir “Ndako IPI”, “Celebração”, “EME”, “KibuKa Kia Mona” “Tchilota”, “Issaka”, o regalo “Mana Minga” que fez sair as “mulalas de Malanje”, “Palanhe Ngo”, “Chique- Chique”, “Mbimba”, “Azulula” que mereceu bis e encerrou o concerto, mas antes ainda ouviram-se “Hassa”, “Makoke”, “Itela” e  “O que será”.

Reações

Durante o concerto, várias famílias manifestavam satisfação pela qualidade e performance dos artistas em palco, ao mesmo tempo que prosseguiam as doações para compra de cesta básicas que se vão destinar aos mais carenciados, pois este é o principal mote do espectáculo, além do apelo às famílias a permanecerem em casa visando a não propagação da Covid-19.

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, juntou-se à causa felicitando e motivando os organizadores, tendo utilizado a sua conta no Twiter para escrever: “Felicito os organizadores do programa ‘Live no Kubico’, por manterem viva a nossa cultura. Uma saudação a todos os artistas, que neste e em outros programas televisivos da TPA e da Zimbo, fazem companhia as famílias angolanas”, felicitou o mais alto magistrado da nação.

À semelhança do PR, outros actores da sociedade civil utilizaram igualmente as plataformas nas redes sociais, a felicitar a iniciativa e o brinde de mais um regalo cultural, cuja essência procurou buscar a identidade de que se espera resgatar no espectro dos hábitos e costumes musicais dos angolanos.

Próximo Show

Depois do Norte e Leste do país, as próximas atracções para o projecto “Live no Kubico”, vêm do Sul de Angola, concretamente do planalto central, Huambo, nas vozes dos autores de “Paulina” e “Embrião”, Justino Handanga e Sabino Henda, respectivamente.

Desde o início da iniciativa já passaram nomes como os de Matias Damásio, Yola Semedo, Puto Português, Edmásia Mayembe, Euclides da Lomba, Patrícia Faria, Calabeto, Filho do Zua, Walter Ananás, Heavy C, Dom Caetano, Telma Lee, Bambila, Irmã Joly, Glória Silva, Dodó Miranda e as três gerações do Semba com Bonga Kwenda, Paulo Flores e Yuri da Cunha.