PNUD disponibiliza USD 100 mil para financiar estudo sobre a economia informal

PNUD disponibiliza USD 100 mil para financiar estudo sobre a economia informal

Cerca de USD 100 mil foram os valores disponibilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola ao Instituto Nacional de Estatística (INE), com o fim de realizar o Inquérito sobre as Organizações da Economia Informal de Luanda

A assinatura do memorando entre o INE e o PNUD, em cerimónia conjunta de lançamento do inquérito, segundo o representante residente do PNUD em Angola, Edo Stork, pode apresentar informações úteis para ajudar o Plano de Desenvolvimento Nacional.

“O estudo não custa tanto dinheiro como um projecto em que se vai ao campo e tem que se realizar a actividade. O importante do estudo é que estamos a olhar para a economia informal, onde 70% ou 80% de cidadãos angolanos trabalham. Estamos a documentar a informação de milhões de pessoas que trabalham na economia informal”, referiu. Por seu turno, o Director- Geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi, disse que o acto representa o interesse do INE e do PNUD em andarem juntos para facilitar o processo de produção estatística, dentro do interesse das duas instituições.

José Calengi avançou que o acto de recolha de dados deverá ser antecipado pelo processo formativo e o teste piloto, devendo “a informação ser recolhida de 330 membros de cada organização, de acordo com a metodologia previamente definida”.

Frisou que se espera que o estudo seja capaz de fornecer um diagnóstico dos impactos da crise a nível sectorial, na capital do país, bem como o efeito da Covid-19 na actividade económica.

De acordo com o mesmo, o estudo poderá evidenciar o quadro da actividade informal em que os agentes operam, podendo jogar um papel na dinâmica de formulação e correcção de políticas no sector informal.

Assegurou que o INE está mais atento às necessidades que o quadro de desenvolvimento estatístico apresenta, procurando congregar todos os actores, desde produtores e utilizadores da informação estatística, de modo a compreenderem os procedimentos mitológicos e a forma como a informação deve ser interpretada para uma boa comunicação à sociedade.

Por seu turno, o Director-Geral adjunto do INE para a Área Social e Demográfica, Hernany Luís, fez saber que o estudo vai contar com a integração de 18 elementos, sendo 12 inquiridores, 2 supervisores provinciais, o mesmo número de equipa e dois motoristas.

Já a gestora de Programas de Protecção Social da Organização Internacional do Trabalho em Angola, Lizeth Joaquim, entende que o estudo contribuirá para apoiar os esforços do Governo de Angola no Programa da Reconversão da Economia Informal.

De acordo com a mesma, para a Organização Internacional do Trabalho, a reconversão da economia informal é uma questão central e fundamental para garantir os direitos fundamentais do trabalhador e as condições de trabalho dignas.