O protesto na capital da Bielorrússia, Minsk, atraiu cerca de 200 mil pessoas, estimou um repórter da Reuters. Pelo menos dois manifestantes morreram e milhares foram detidos nos protestos desde a eleição do último Domingo.
O povo carregou bandeiras vermelhas e brancas e cantou “Renuncie Lukashenko” e “Não esqueceremos ou perdoaremos”. Adversários de Lukashenko, no poder há 26 anos, dizem que a votação foi manipulada para esconder o facto de que ele havia perdido apoio do público. Ela nega ter perdido, citando resultados oficiais que lhe dão pouco mais de 80% dos votos.
O Kremlin afirmou que o presidente russo Vladimir Putin havia dito a Lukashenko que Moscovo estava pronto para auxiliar a Bielorrússia, seguindo um pacto colectivo militar, se fosse necessário e que o país estava a sofrer pressão externa. Não especificou de onde.
Pouco antes do protesto da oposição, a segurança era rígida à medida que apoiantes de Lukashenko se reuniam no centro de Minsk, pela primeira vez, desde a eleição para expressar apoio a ele e ouvi-lo dar um inflamado discurso.
Lukashenko, sob pressão da União Europeia pela repressão contra os seus adversários, afirmou que tanques da OTAN e aviões foram posicionados a 15 minutos da fronteira de Bielorrússia. A OTAN afirmou que estava a monitorar de perto a situação no país, mas que não houve aglomeração militar na fronteira Oeste de Belarus.
Lukashenko, que alegou que há um complot estrangeiro para derrubá- lo, disse que a Bielorrússia estava sob pressão. “Tropas da OTAN estão à nossa porta. Lituânia, Letónia, Polónia e Ucrânia estão a mandar que façamos novas eleições”, disse, acrescentando que a Bielorrússia “morreria como Estado” se um novo pleito fosse realizado. “Eu nunca os trai e nunca o farei”, afirmou.
O exército da Bielorrússia realizaria exercícios entre 17 e 20 de Agosto no Oeste do país, segundo a agência de notícias russa RIA.